SEG NOTÍCIAS – Setor de seguros cresce 1,7% no 1º semestre, com comportamento desigual entre seus segmentos
A CNseg, a Confederação das Seguradoras, acaba de divulgar a “Carta do Seguro” com dados consolidados sobre o desempenho do setor, que registrou crescimento de 1,7% (sem DPVAT) no primeiro semestre de 2018, totalizando mais de R$ 115,8 bilhões em prêmios.
No setor houve evolução acentuada de 7,5% nos segmentos de Automóveis e Patrimoniais. “Ainda que no período de crise a realidade da economia seja de salários menores e insegurança, as pessoas ainda procuram proteger patrimônios relevantes, como comprova o crescimento dos seguros de automóvel, residência e ainda a procura dos empresários por apólices para protegerem seus negócios e evitarem surpresas catastróficas”, avalia Marcio Coriolano, presidente da CNseg. Outros seguros com desempenho que se destacam foram o de Crédito e Garantias, beneficiados pelo estoque e pelo fluxo do crédito tomado por pessoas físicas e pequenas e médias empresas a partir de 2016, evoluindo 8,8%.
A “Carta do Seguro” mostra também que os seguros de risco de pessoas apresentaram crescimento de 10,1% no primeiro semestre sobre o mesmo período de 2017, com destaque para a forte expansão de 23,7% do ramo prestamista, que prevê a quitação de dívidas financeiras por causa de morte, invalidez, desemprego involuntário ou perda de renda. Outro ponto que chama a atenção é a queda da sinistralidade para 42,5% (sem considerar o DPVAT) no primeiro semestre, com redução absoluta de 4,78p.p. se comparado com o mesmo período de 2017. A sinistralidade do grupo de seguros de ramos elementares caiu de 54,2% no primeiro semestre de 2017 para 52,6% no mesmo semestre de 2018. No grupo de planos de risco de coberturas de pessoas, houve decréscimo de 26,4% para 24,3% no mesmo período.
Na outra ponta, porém, figurou a redução da arrecadação dos planos de acumulação, na esteira da volatilidade dos valores dos ativos e busca pela melhor rentabilidade entre eles. No conjunto, PGBL e VGBL, que representam mais de 40% da arrecadação do setor, tiveram queda de 5,1%.
2º Seminário de Seguros debate temas em evidência no Direito Securitário – Gestão de riscos de responsabilidade civil, ressarcimento em transporte aéreo e o Projeto de Lei do Contrato de Seguro foram abordados por especialistas em mais uma edição do evento organizado pela Haüptli Advogados & Associados
A Haüptli Advogados & Associados, escritório especializado em Direito do Seguro, realizou o 2º Seminário de Seguros, mais um encontro para levar informação ao setor, na manhã de 08 de agosto de 2018. O evento atingiu seu objetivo, prendendo a atenção das cerca de 150 pessoas que lotaram a sala no Maksoud Plaza.
Segundo Bruno Lacerda Gusmão, advogado sócio da Haüptli Advogados & Associados, o evento é, em mais uma edição, contribuição do escritório ao mercado de seguros pela oportunidade de debater temas que estão em evidência no direito do seguro. Nesta oportunidade foram debatidos pelos especialistas a gestão de riscos em seguro de Responsabilidade Civil, o ressarcimento em seguro de transporte aéreo, e um tema bastante esperado, o Projeto de Lei do Contrato de Seguro (PLC 29/2017), que traz diversas alterações no regramento do setor, com um especial foco no que muda na regulação de sinistros. Para a inscrição, cada participante realizou a doação de um quilo de alimento não perecível, destinado à “Associação Beneficente Vivenda da Criança”.
O Painel I, “A Gestão de Riscos na Responsabilidade Civil”, foi apresentado por Márcio Guerrero, Superintendente de Responsabilidade Civil da HDI Global Seguros, e teve como debatedora Thalita Graciolli, advogada da Haüptli Advogados & Associados. O palestrante destacou as inúmeras oportunidades para os corretores e o setor de seguros atuarem nas variadas modalidades de Responsabilidade Civil. “Temos um oceano de oportunidades para que possamos produzir seguro de Responsabilidade Civil: todas as pessoas físicas e jurídicas que têm o risco da responsabilidade”.
No entanto, ele defendeu a importância da correta análise de risco e do fornecimento de informações através do questionário, incluindo a caracterização dos terceiros e possíveis enquadramentos, bem como da leitura das cláusulas contratuais, para que o segurado receba a indenização de acordo com sua expectativa. “Para garantir a seguradora, o questionário deve abordar o comportamento do segurado, o plano de gerenciamento de crise, e ter, além dos relatórios tradicionais, o histórico de sinistralidade e a exposição territorial, sempre com a assinatura do responsável legal. Para o segurado, é preciso ter clareza na apólice e nas condições contratadas, e nisso percebemos a relevância do papel do corretor, como consultor, oferecendo transparência ao segurado e, principalmente, dando ciência sobre a existência das apólices de RC para garantir sua proteção”.
No Painel II, a advogada subscritora da Chubb Seguros, Bruna Ávila Fernandes Fonseca falou sobre “O Ressarcimento no Transporte Aéreo Internacional após a decisão de Repercussão Geral do STF”, e contou com os debates do advogado da Haüptli Advogados & Associados, Fabio Spínola. Em maio de 2017 o Pleno do Supremo Tribunal Federal, apreciando o Tema nº 210 da repercussão geral, por maioria de votos, deu provimento ao recurso extraordinário interposto pela companhia aérea Air France, para reduzir o valor da condenação por danos materiais fixada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, limitando a indenização ao patamar estabelecido no artigo 22 da Convenção de Montreal. A Decisão do STF ao julgar os recursos como tema de repercussão geral definiu por 9 votos a 2, tema 210: “nos termos do art. 178 da Constituição da República, as normas e os tratados internacionais limitadores da responsabilidade das transportadoras aéreas de passageiros, especialmente as Convenções de Varsóvia e Montreal, têm prevalência em relação ao Código de Defesa do Consumidor”. Para a palestrante, a limitação tarifária não se aplica aos eventuais danos morais suportados pelos passageiros pelas incidências ocorridas em transportes internacionais.
Segundo a especialista, as principais mudanças recaem sobre o transporte de passageiros, o que é absurdo e necessário impedir abusos. “Deve haver manifestações do STJ e do STF nos próximos dois ou três anos, uma vez que a decisão determinante da limitação é recente (2017), de modo geral. A decisão é reflexo da adequação do cenário atual de economia e proporcionalidade, e o risco mínimo na atividade de transporte aéreo, que envolve bens com altíssimos valores agregados”. A palestrante sugeriu, para entendimento no setor, acompanhamento de julgados e a criação de um fórum específico entre seguradoras, resseguradoras e advogados, que resulte no direcionamento de documento unificado ao STF e STJ.
No Painel III, o advogado Ernesto Tzirulnik, da ETAD Advocacia, abordou “A regulação de sinistro e as regras do PLC 29/2017 (Projeto de Lei do Contrato de Seguro)”, com os debates de Daniel Bellini, Superintende Comercial da Pottencial Seguradora, e Hilton Gomes dos Santos,Diretor de Sinistros Brasil e Vice-Presidente Sênior da Swiss Re Corporate Solutions Brasil Seguros. À medida em que avança no Congresso a tramitação, agora no Senado, o Projeto de Lei de Contrato de Seguro da Câmara – PLCS (PLC 29/2017) vem recebendo aplausos e algumas críticas, notadamente no que se refere ao tratamento que dá aos meios alternativos para a solução de conflitos. Há quem sustente que, se por um lado ele representará avanços nos contratos de seguros, por outro, será um retrocesso na área das arbitragens e mediações.
Ernesto Tzirulnik, autor do PLC 29/2017 apresentou alguns pontos em que, a seu ver, demonstram a evolução que propõe no regramento do setor. Considerando que o sinistro pode gerar efeitos tanto para grandes segurados, como para cossegurados que estão nas apólices ou até para terceiros vitimados, Tzirulnik entende que a arbitragem de seguro no exterior é uma questão de relevância para a sociedade. “Como o seguro é um instrumento de proteção indispensável para as pessoas, as empresas e a sociedade em geral, e a aceitação de sua contratação, algumas vezes, é condicionada à aceitação das cláusulas de arbitragem, acaba acontecendo de os segurados serem obrigados a engolir a imposição de ‘mediações estruturadas’ e arbitragens desenhadas ao gosto do mercado de resseguro estrangeiro. Para aperfeiçoar o regime protetivo e especificá-lo é que se procura outorgar a primeira lei especial de contrato de seguro”.
Evento discutirá a disrupção no seguro provocada pelo blockchain – APTS e ENS reunirão um time de especialistas no próximo dia 29 para analisar os impactos dessa tecnologia na operação de seguros. “Blockchain é a internet da confiança e do dinheiro”, define Rodrigo Ventura, CEO da 88Insurtech. Será dele a palestra de abertura do evento “Blockchain no seguro”, que a APTS e a ENS promoverão no dia 29 de agosto, das 9h às 12h, no auditório da ENS, na Rua Augusta, 1.600, Consolação, com entrada gratuita.
No painel que fornecerá um panorama do blockchain no Brasil e no mundo e a sua aplicação no seguro, ele dividirá a apresentação do tema com Wellington Lordelo, líder da área de Marketing de Soluções e Desenvolvimento de Negócios na Equinix no Brasil, empresa global de interconexão e data center.
Ventura explica que a nova tecnologia é uma rede que mantém os dados imutáveis, seguros, resilientes a ciberataques, auditados e completamente auditáveis, de maneira pública e transparente. E esta transparência, segundo ele, é infinitamente maior do que a praticada, atualmente, pelo mercado de seguros. Em sua avaliação, regras, como Solvência III, Basileia e Sarbanes Oxley, serão muito mais eficientes e controladas em tempo real.
“Hoje, por exemplo, o órgão regulador Susep só obtém os dados consolidados das seguradoras seis meses depois do fechamento fiscal. Com o blockchain, o controle será feito em tempo real por qualquer participante da rede”, diz. Na prática, segundo Ventura, significa que não haverá mais arbitragem das seguradoras durante a regulação de sinistro ou o conflito de interesse no fechamento do ano fiscal.
“A relação segurado e seguradora passará a ser binária 1 e 0, portanto, auto-executada como num programa de computador por meio de uma apólice de seguro inteligente que se auto-executa, em tempo real”, diz. Ventura prevê uma grande disruptura no modelo de negócios de seguros. “Toda a cadeia de valor da indústria de seguros será radicalmente transformada e isso muda absolutamente tudo”, diz.
No segundo painel do evento, Fernando Wosniak Steler, CEO da Direct.One, mostrará como funciona o processo de validação de apólices, endossos e boletos na rede Ethereum Blockchain. Já Eduardo Guedes, vice-presidente de Tecnologia e Operações na Seguros SURA, apresentará os avanços da seguradora na adoção de blockchain na gestão de smart contracts (contratos inteligentes).
Resultados financeiros do segundo trimestre de 2018 da Chubb Limited – A Chubb Limited (NYSE: CB) divulgou nesta data o Lucro Líquido para o trimestre encerrado em 30 de junho de 2018, de US$ 1,294 bilhão, ou US$ 2,76 por ação, comparado com US$ 1,305 bilhão, ou US$ 2,77 por ação, no mesmo trimestre do ano anterior. O Lucro Operacional foi de US$ 1,253 bilhão, ou US$ 2,68 por ação, em comparação com US$ 1,180 bilhão, ou US$ 2,50 por ação, no mesmo trimestre do ano passado. O Índice Combinado de P&C foi de 88,4%. O Valor Contábil por ação diminuiu 0,1% e o Valor Contábil Tangível por ação aumentou 0,5%, em relação a 31 de março de 2018 e, atualmente é de US$ 109,97 e US$ 66,00, respectivamente. O Valor Contábil e o Valor Contábil Tangível por ação foram desfavoráveis pelas perdas realizadas e não realizadas de US$ 407 milhões, pós impostos na carteira de investimentos da empresa, impulsionados pelo aumento das taxas de juros. Além disso, a movimentação de moedas estrangeiras impactou desfavoravelmente o valor contábil em US$ 457 milhões e o valor tangível em US$ 200 milhões, ambos pós impostos.
A Chubb também divulgou os número do segundo semestre: lucro líquido por ação de US$ 2,76; lucro operacional por ação de US$ 2,68, alta de 7,2%; Prêmio Retido de US$ 8 bilhões, alta de 5,7%; Retorno sobre Patrimônio, anualizado e operacional, de 10,1% e 9,8%, respectivamente.
Os lucros Líquido e Operacional foram de US$ 1,3 bilhão. Os Prêmios Retidos de P&C aumentaram 5,6%, chegando a US$ 7,5 bilhões e o Prêmio Retido Global de P&C, excluindo Agricultura, aumentou 6,1%, atingindo US$ 7,1 bilhões.
O Índice Combinado de P&C foi de 88,4%, comparado com 88% do ano anterior. O atual Índice Combinado de Subscrição de P&C, excluindo as perdas por Catástrofe, foi de 88,1% em comparação com 87,5% do ano anterior. O lucro de Subscrição de P&C foi de US$ 824 milhões, um aumento de 2,1%. A Receita Líquida de Investimentos (antes dos impostos) foi de US$ 890 milhões, um aumento de 4,0% em relação ao ano anterior. O Fluxo de Caixa Operacional foi de US$ 1,6 bilhão.
SulAmérica debate oportunidades em encontro com corretores do Rio de Janeiro – A SulAmérica, maior seguradora independente do País, participou, nesta quarta-feira (15), do 1º Encontro de Corretores de Seguros da Zona Oeste do Rio de Janeiro, promovido pelo Sindicato dos Corretores de Seguros do Rio de Janeiro (Sincor-RJ) e realizado no Hotel Windsor Marapendi, na Barra da Tijuca. No evento, a companhia apresentou as suas iniciativas para fortalecer ainda mais a parceria com os corretores e debateu oportunidades de crescimento, com a inovação como aliada. O vice-presidente Comercial da SulAmérica, André Lauzana, e a diretora comercial da regional Rio de Janeiro e Espírito Santo da seguradora, Solange Zaquem, palestraram no encontro.
“A SulAmérica está construindo o futuro junto com os corretores. Para isso, precisamos vender mais do que produtos, queremos entregar a melhor experiência de consumo para os segurados, cada vez mais exigentes. A tecnologia é a grande aliada para facilitarmos o dia a dia dos corretores e aproximarmos as pessoas, oferecendo um atendimento humanizado com ampla conveniência”, destacou Lauzana, que teve espaço de fala na parte da manhã no evento.
À tarde, a diretora comercial regional Solange Zaquem participou de um painel com representantes de outras seguradoras para debaterem os temas da região. Ela destacou o Programa de Reconhecimento ao Corretor, o PRA Corretor, como uma das principais iniciativas da SulAmérica para fortalecer o relacionamento com parceiros. “O relacionamento com os corretores do Rio de Janeiro é fundamental, pois estamos construindo o futuro juntos. Para que possamos estar na vanguarda das transformações do setor, é importante oferecer aos nossos parceiros toda a estrutura, suporte, atendimento, capacitação e incentivos”, destacou a diretora regional.
A SulAmérica registrou, em 2017, um aumento de 12% na quantidade de treinamentos para corretores. Foram 8.841 encontros durante todo o ano passado, ante 7.900 de 2016. Confirmando a evolução registrada nos últimos anos, a quantidade de parceiros que passaram pelo Programa de Capacitação de Corretores em 2017 foi de 48.845, uma alta de 9,4% frente a 2016, que teve 44.655 participantes. No caso específico das filiais no Rio de Janeiro, a companhia executou 479 capacitações entre janeiro e junho de 2018, com 4,7 mil corretores treinados.
ANS reabre inscrições para evento voltado a contratantes de planos coletivos – A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) reabriu as inscrições para o evento “Ouvindo os contratantes: como os grandes consumidores de planos de saúde podem participar das decisões regulatórias?”, que acontece no próximo dia 30, no Rio de Janeiro. O local do evento mudou para o auditório da Secretaria de Estado de Fazenda e Planejamento do Rio de Janeiro, também no Centro do Rio, de forma a atender um número maior de inscritos. O encontro destina-se a pessoas jurídicas interessadas em conhecer as regras relacionadas aos planos coletivos empresariais e por adesão. As inscrições podem ser feitas até o dia 24/08, através do e-mail eventos@ans.gov.br.
O evento será transmitido pelo Periscope (@ans_reguladora).
Clube da Bolinha elege nova reitoria – O jantar do Clube da Bolinha deste mês, que aconteceu nesta terça-feira (14), foi o último realizado pela atual reitoria. O reitor, Anselmo Abrantes Fortuna, se despediu agradecendo a colaboração importante dos seus parceiros de gestão, Jorge Carvalho e Gilberto Villela, “que foram incansáveis para que conduzíssemos com sucesso, dignidade e dedicação o nosso mandato”.
Outra colaboração importante, segundo Anselmo, veio dos confrades Mário Waichenberg, Minas Mardirossian, Neival Freitas, Helio Portocarrero e José Luiz Florippes. “Eles se reuniam conosco num almoço de trabalho para planejar junto com a reitoria os próximos eventos, resgatando a tradição do Clube de união em prol dos seus objetivos, estabelecida desde sua criação”.
Seguindo a tradição, a reitoria indicou, para assumir a gestão do Clube durante o período de 2018 a 2020, o nome de Neival Freitas, que teve aprovação por unanimidade. Fazendo uso da palavra, o indicado convidou Gloria Faria para ser Secretária e Gilberto Villela para ser Tesoureiro.
Anselmo disse que é com espírito de dever cumprido que ele e sua equipe encerram seu mandato. “Estamos orgulhosos de ter mantido acessa a chama deste Clube tão especial e querido, que congrega experientes profissionais de seguros e atrai também os jovens integrantes do setor em função da sua vitalidade, espírito de fraternidade e união ao longo destes 55 anos de existência. Obrigada a todos que nos apoiaram e desejo muito sucesso ao Neival”, concluiu.
Durante o evento, foi eleito, ainda, como novo Bolinha, Paulo Amador, apadrinhado por Neival. Ele será apresentado ao Clube no jantar de setembro, próximo a ser promovido.
Bolsa em baixa e dólar em alta – O mercado de ações fechou nesta sexta-feira (17) em baixa de 1,03% com o Ibovespa recuando para 76.028 pontos. O dólar comercial em alta de 0,24% vendido a R$ 3,915. O euro em alta de 0,76% cotado a R$ 4,477.
Fonte: Monitor Digital